segunda-feira, 23 de abril de 2007

Little Girl Blue

Todos os que me conhecem sabem que tenho um fraquinho do tamanho do universo por ela. Foi por sua causa que entrei nestas coisas da música e que comecei a ouvir os melhores da música americana. Foi a sua devoção à sua arte e a forma como a encarava, destemida, sem medos, com todo o seu coração e toda a sua alma, a quem quisesse ouvir, que me incutiu este sentido de dever e de responsabilidade para com a música e para com o palco. E que me ensinou sobretudo que a melhor coisa do mundo, mas assim de longe (atenção que ainda não sou mãe, quando for, talvez reveja esta frase), é o gozo de se estar em palco em comunhão com os músicos e com o público. A dar tudo, sempre e em qualquer circunstância, como se não houvesse amanhã. Just feeling it, man! E nunca, mas nunca escolher o caminho mais fácil:

"Don't compromise yourself. You're all you've got".

Obrigado, Janis


quarta-feira, 11 de abril de 2007

Nina, A Grande

Nunca tenho palavras para descrever o que sinto quando ouço esta mulher cantar/tocar. O melhor é partilhar convosco um video desta grande música e grande alma que nos deixou em 2003.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Técnica Vs. Emoção

Qual das duas a vossa preferida? Ou serão daqueles fundamentalistas que acreditam que uma sem a outra é igual a nada? Bom, até pode ser que sim, mas o que é certo é que, olhando para o meu leque de cantoras/cantores favoritos, a emoção suplanta de longe a técnica. Claro que quando se consegue aliar estas duas coisas dificílimas, conseguem-nos transportar ao céu dos cantores, mas isso são coisas que só estão ao alcance de algumas benditas cordas vocais+diafragma+aparelho fonatório+Q.I. acima da média+sensibilidade fora do comum+alminha escolhida pelo divino para transportar as suas mensagens através dos sons produzidos por estas gargantas uma num milhão...
Eu, na minha singela mediania, lá tenho de ir fazendo concessões aqui e ali a bem da música, que o instrumento/Q.I./sensibilidade/bafejo divino não dão para mais. Em jeito de solidariedade para com todos os cantores que se revêm na minha singela, mas orgulhosa mediania, aqui irei postando alguns exemplos de cantores que sacrificavam a técnica a bem da emoção de forma exímia. É que, sabem? Exemplos de cantores que sacrificam a emoção para deixar brilhar a técnica dão-me a impressão de serem sempre um bocadinho chatos... Mas pode ser que o problema seja meu.
De qualquer das maneiras, haverá sempre uma Callas, uma Elis, uma Amália, uma Sarah Vaughan, para nos podermos deliciar em conjunto, os amantes da técnica, os amantes da emoção e os empedernidos da técnica+emoção. Afinal, uma das características de se ser grande é esta: conseguir reunir no grupo de admiradores, os gostos mais díspares...