terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Janis Joplin & Michael Thomas conversam sobre crítica musical

6 comentários:

Anónimo disse...

E como aquilo que é bom se deve repetir, fui ver-te outra vez no sábado passado, em Arronches, e valeu bem a pena. Obrigada aos Deolinda, pela música, pela alegria, pelas gargalhadas.

Susana

Anónimo disse...

Mais um desafio!
Como é o dia-a-dia de um cantor? Entre ensaios e concertos, preparações e cuidados, o cantor consegue tirar ainda prazer na sua voz? E depois quando chega a casa, sabe bem estar em silêncio, ou a "canção" é outra?
Força nessa voz

Anónimo disse...

Muito boa pergunta, da damaia. Sempre me intrigou isso também, a única cantora de renome com quem o discuti diz que evita cantar e ter contacto com música durante o dia-a-dia, para não perder o prazer de quando tem que o fazer.

Eu, desde que me lembro, sempre passei os dias a cantar, até que comecei a reservar-me para situações mais especiais, e cada vez o faço menos, por timidez, por medo das opiniões alheias. Como é que se lida com as críticas, boas e más?

Ivo Ferreira disse...

um crítico de música deve sentir a música. para sentir música é preciso mais que dois ouvidos.. Na minha opinião é preciso ser-se diferente, um pouco alucinado, para sentir a música como deve ser... Ainda bem que o Michael Thomas surpreendia pessoas com o seu aspecto, pode-se ver que ele era um pouco 'louco', excentrico... É uma das pistas que nos dizem que ele realmente sentia as músicas a que fazia critica. Hoje em dia falta muita gente assim.
Ana, tu sentes a música... Fazes muitas críticas as tuas canções?

Ana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana disse...

Ivo,
um dos segredos da evolução de um músico em relação à sua arte, para mim, é o difícil equilíbrio entre a auto-crítica e a fruição da música que faz. No meu caso, confesso que ainda não consegui um ponto de equilíbrio. Sou extremamente auto-crítica e é muito raro gostar de me ouvir ou achar que estive bem. Sei que não parece, mas sou muito insegura em relação à qualidade do meu trabalho musical. Mas, ao mesmo tempo, isso faz com que esteja constantemente à procura de me melhorar, o que ajuda a que não estagne (o que me parece ser a coisa mais perigosa a acontecer a um músico). No entanto, o prazer que retiro da música e tudo aquilo que esta arte me deu faz com que tudo valha a pena. Mesmo os falhanços. Sobretudo, os falhanços.